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Por que fico triste? ou deprimida?(Entrevista)

Por: Luzia Winandy Entrevista para o Site Portal Vital

- O que uma pessoa triste sente e qual seria o tipo de tratamento que o paciente deve buscar? Todas as pessoas estão sujeitas a sentir tristeza. Quem de nós não sofre diante de um término de um relacionamento de um namorado, marido ou de uma pessoa muito querida? Ela pode ser originada também pela perda de algo que se tinha de muito valor; como no caso de um emprego ou então por uma mudança de cidade, ou ainda por alguma mudança na vida, uma doença. É comum a tristeza ser descrita como uma dor. Como um sentimento que expressa desânimo/frustração.A tristeza vem justamente em resposta a esse sentimento de vazio que tais situações nos conduzem. Porém, precisamos vivenciar essa dor, enfrentá-la para conseguirmos superar. Precisamos formar um luto de nossas perdas. A tristeza faz parte de nossa vida, precisamos respeitar nossos sentimentos tristes e encará-los, para pouco a pouco irmos encontrando soluções para eles e retornarmos ao estado de ânimo anterior.

A capacidade de conter esta tristeza varia de cada pessoa, bem como o modo de tolerar os sentimentos advindos de uma perda como, por exemplo, a esperança em reaver a pessoa perdida; a raiva por se sentir deixado; a culpa por tê-lo perdido e o desespero por se sentir só e abandonado. Viver uma perda e poder expressar tais sentimentos é uma das formas de lidar com a situação, pois quando a expressão do luto é permitida, é possivel conduzir a uma gradual superação da dor e reorganização da vida. A tristeza Pode se manifestar com crises de choro, insônia, indisposição e apatia. No entanto, é importante atentar para o aumento de ansiedade, para a diminuição da auto-estima e alterações no sono e no apetite, pessimismo, sentimento de culpa e idéias de morte; perda do interesse e prazer nas coisas; tristeza contínua que ocorre diariamente, quase o tempo todo. Todos esses sintomas separadamente, em geral são comuns, mas quando unidos e prolongados por um tempo que exceda um período suportável, podem indicar um quadro depressivo.

- O que uma pessoa deprimida sente e qual seria o tipo de tratamento que o paciente deve buscar? A depressão é uma doença séria e causa malefícios tanto psicológicos quanto físicos. Resulta numa inibição do organismo como um todo, afeta a parte psíquica, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo, e também a parte física: afeta o corpo, altera o apetite e o sono, a forma como a pessoa se sente e como pensa. Altera a maneira como ela vê o mundo e sente a realidade. Não é sinal de fraqueza pessoal ou uma condição que possa ser revertida com força de vontade apenas. A depressão, algumas vezes, ao invés de se mostrar tipicamente como um quadro de tristeza, choro indisposição, apatia pode se manifestar de outras formas: - Em sintomas físicos – algumas pessoas expressam as depressões através dos órgãos e se apresentam como dores vagas e imprecisas, tonturas, cólicas, falta de ar, formigamentos, palpitações que não são constatadas por exames médicos. - Em doenças psicossomáticas – a depressão determina ou mesmo agrava certas doenças as quais podem ser confirmadas por alterações em exames médicos, com, por exemplo, a diabetes, a hipertensão arterial, asma, alergias variadas, labirintite etc. - Em crises de raiva, sentimentos exagerados de frustração, tendência para responder a situações com ataques de ira ou culpando os outros. - Em crianças e adolescentes pode vir muitas vezes, na forma de um humor irritável, revoltado e irrequieto. É muito importante a pessoa deprimida e seus familiares encararem a depressão como uma doença de fato, e que precisa de tratamento. A psicoterapia ajuda o paciente, além de aumentar sua compreensão sobre o processo de depressão deve priorizar em encontrar qual é o núcleo dos conflitos que está por detrás de sua doença. Amigos e familiares desempenham um papel fundamental na recuperação do deprimido. Além da companhia, cabe a eles compreender o doente e a doença, encorajando-o a procurar e manter um tratamento até o fim.

Luzia Winandy

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